segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MERCANTILISMO E LIBERALISMO.

Consoante já aventado neste blog, as corporações de ofício medievais controlavam a produção artesanal de sorte a coordenar a pequena produtividade do trabalho às necessidades locais. 

Com o advento da manufatura e da consectária subsunção meramente formal do trabalho no capital, a produtividade do trabalho aumenta e a coordenação entre oferta e procura expande-se para abranger o âmbito nacional, tarefa atribuída aos assim denominados Estados mercantilistas. Nesse caso, a produtividade aumenta ainda muito lentamente em razão desta coordenação entre oferta e procura, sendo certo que a cisão entre valor e preço das mercadorias tampouco se desenvolve plenamente. 

Já com a eclosão da maquinaria e da grande indústria, exsurge a subsunção real do trabalho no capital, a produtividade do trabalho aumenta incessantemente e já não é possível coordenar oferta e procura a nível nacional, sendo certo que o mercantilismo cede ao liberalismo econômico. Nesse caso, desinibe-se plenamente a cisão entre valor e preço das mercadorias, inclusive nos moldes por mim preconizados no artigo intitulado "Sobre valor e preço", publicado na revista marxista Mouro número 8, de dezembro de 2013.

(por LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA)                  

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