segunda-feira, 22 de junho de 2015

IDOLATRIA ALEMÃ, OU ÁPICES DOS OITOCENTOS.

Permitam-me, ainda uma vez, um brevíssimo e ligeiro exercício de introspecção egoísta e desprovido de pretensões atinentes à objetividade.

Ainda muito jovem, no século passado e muito antes de entrar na faculdade, tive o privilégio de travar contato com algumas obras humanas que modelaram indelevelmente meu caráter e meu pensamento, quais sejam:

1) “A ideologia alemã” e “O Capital”, de Karl Marx;

2) “Tristão e Isolda”, de Richard Wagner;

3) “Segundo concerto para piano e orquestra”, de Johannes Brahms.

É evidente que elas encerram muito em comum, produzidas que foram por expoentes da intelectualidade alemã do século XIX, um período que não poucos qualificariam de “romântico”, mas persisto em indagar: que traço mais concretamente perceptível as unifica, a ponto de sensibilizar perenemente um cidadão da classe média brasileira do último quartel do século XX, mas de forma tão incisiva que tal cidadão atribui a maior parte de sua compleição moral vigente a essas obras?

Resposta: não sei, talvez a própria pergunta seja impertinente, mas o certo é que o ápice do século XIX alemão se fez notavelmente presente e hodierno nesta figura que agora, mui humildemente, lhes dirige a palavra.

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