A revista Veja desta semana publicou um artigo muito interessante sob o título "Como a inovação cresce na pobreza", incluindo dados bastante significativos que corroboram, grosso modo, algumas de minhas conjecturas econômico-diletantes já veiculadas neste blog.
Com efeito, dos dados mostrados pela Veja no artigo supramencionado podemos dessumir, por exemplo, que ferrovias, automóveis e aviões (valores-de-uso oriundos de revoluções tecnológicas mais remotas) estão sendo substituídos, em certa medida, pela internet, pela telefonia celular e pelos drones, valores-de-uso mais atuais, fato que corrobora a hipótese da obsolescência como necessidade intrínseca ao capital, afora exibir certa tendência à imobilização dos indivíduos pela desnecessidade de deslocamentos.
No mesmo diapasão, podemos dessumir, dos dados publicados pela Veja, que a necessidade de arrostar a lei tendencial de decréscimo da taxa de lucro, formulada por Karl Marx, por intermédio dos dispositivos que aumentam a velocidade de circulação do capital parece procedente, pois as revoluções tecnológicas fazem disseminar mais rapidamente as mercadorias, cujos novos valores-de-uso, por seu turno, também servem para acelerar o processo de circulação.
Remeto, pois, os meus caros leitores ao artigo de minha autoria publicado neste blog no último dia 16 de setembro, para que possam cotejar as conjecturas nele veiculadas com o artigo da revista Veja ora em comento.
Grato pela leitura,
Luis Fernando Franco Martins Ferreira.
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