HIPÓTESE SOBRE A DIALÉTICA DA MERCADORIA
As corporações de ofício medievais colimavam, mediante coordenação de oferta e procura, obstar tanto a subsunção plena da produção artesanal à forma mercadoria, como também a separação entre força de trabalho e meios de produção, vale dizer, a transformação da própria força de trabalho em mercadoria.
Os Estados mercantilistas apenas expandiram tal coordenação para abranger o âmbito nacional como um todo, entravando a penetração do capital mercantil no âmbito da produção material.
A acumulação primitiva e a revolução industrial verificadas pioneiramente na Inglaterra completaram, todavia, a subsunção da produção industrial ao capital com a respectiva transformação da força de trabalho em forma mercadoria.
Isto posto, a hipótese que lançamos consiste na necessidade da planificação socialista abolir a forma mercadoria, mediante controle, inicialmente, não do processo de produção de capital, mas do processo de circulação de capital, notadamente a forma dinheiro de tal processo.
O escopo do controle inicial do processo de circulação de capital consiste em acelerar tal processo para que seu tempo de duração fique nulo, a saber, tendencialmente igual a zero, quando então restabelecer-se-á a coordenação perdida entre oferta e procura e a forma mercadoria começará a extinguir-se.
(POR LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, procurador federal)
Falaí, Luis. Parabéns por seu blog. Traz textos curtos e teoricamente consistentes.
ResponderExcluirComo vai, camarada? Dia 11/10 estarei por SP. Estamos combinando com a Máfia uma pizza no Clube. Apareça por lá!
Abração