Decididamente, o Rio de Janeiro está em alta.
A revista “Forbes” de agosto do ano corrente publicou uma nova lista dos bilionários mais afortunados do Brasil, em que há seis cariocas entre os 10 mais bem colocados, e nenhum paulista.
O jornal “Folha de SP” registrou em 23 de agosto, por seu turno, que a região metropolitana do Rio de Janeiro ostenta atualmente uma média salarial maior do que a da capital paulistana.
O carioca Artur Ávila, do prestigioso Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, do Rio de Janeiro, foi o primeiro latino-americano laureado com a Medalha Fields, considerada o Nobel dessa ciência: ele estudou ainda nos festejados colégios cariocas de São Bento e Santo Agostinho, reiteradamente entre as primeiras escolas do elenco do ENEM, afora ter-se graduado na UFRJ.
Enquanto isso, a USP enfrenta um perigosíssimo processo de crise financeira.
Parece que a outrora poderosa economia paulista vai começando a perder terreno, talvez pelo fato de estar muito vinculada à velha indústria das primeiras revoluções tecnológicas.
No Rio de Janeiro, ao revés, assim como ocorreu com a Califórnia de Hollywood, a promissora indústria de entretenimento, nomeadamente mídia e comunicação, exibe um peso bastante importante, bastando saber que a cidade é sede das Organizações Globo, um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, além de acolher empresas de telecomunicações como CorpCo, TIM, NET, Embratel, Intelig e StarOne.
O Rio de Janeiro também produz 65% do cinema nacional, conta com um grande parque gráfico-editorial e ainda uma indústria fonográfica de muito relevo, com empresas como EMI, Universal, Sony BMG, Warner e SomLivre.
A indústria relacionada às novas formas de necessidades humanas, lastreadas na mídia e entretenimento, bem assim à nova tecnologia de informação, parece mais alvissareira do que a velha indústria de São Paulo, de geração tecnológica anterior.
Ora, o Rio de Janeiro ainda não é o Vale do Silício brasileiro, até mesmo porque o Brasil ainda não passou pela revolução tecnológica da informática, mas aparenta estar bem mais perto de ser uma nova Califórnia latino-americana, se comparada a São Paulo.
(por Luis Fernando Franco Martins Ferreira)
Bom palpite para a situação atual do Rio de Janeiro. De minha parte, estou morando na possível "nova califórnia brasileira", mas longe da indústria de entretenimento. Trabalhar na saúde pública não tem nada de muito inovador. Ao contrário.
ResponderExcluirAbraço