REFINANDO A HIPÓTESE HISTÓRICO-ECONÔMICA SOBRE AS REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS DO CAPITAL
As revoluções tecnológicas pioneiras do capital afetavam basicamente o modo de produção da sociedade, a saber, o processo de produção do capital, conduzindo à queda da respectiva taxa de lucro em razão do incremento de sua composição orgânica.
A revolução tecnológica mais recente, ou seja, aquela vinculada à tecnologia da informação e, notadamente, a internet, afeta sobretudo o processo de circulação do capital, acelerando-o e arrostando a queda tendencial da taxa de lucro mediante aumento da massa de mais-valia obtida no mesmo lapso temporal, em razão da diminuição do período de rotação, sem que se altere a composição orgânica do capital.
Isto deve-se ao fato de que a taxa de lucro média do capital social total provavelmente atingira um patamar mínimo, abaixo do qual o sistema capitalista entraria em colapso, o que obsta doravante as revoluções do modo de produção, isto é, do processo de produção do capital, porquanto tais inovações provocam um incremento da composição orgânica respectiva.
Logo, com a internet, o capitalismo esgota sua capacidade de renovar o modo de produção e aumentar a produtividade do trabalho, a saber, de incrementar a composição orgânica do capital, eis que tal incremento reduziria a taxa de lucro a nível incompatível com a subsistência do sistema.
Esta singela hipótese ainda carece, evidentemente, de demonstração teórica e empírica.
(por LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, procurador federal)
(por LUIS FERNANDO FRANCO MARTINS FERREIRA, procurador federal)
Desde que você ignore o fato de que só se investe visando um retorno (lucro) fica difícil imaginar que sua teoria possa passar perto de estar correta. Veja bem, a lei da oferta e demanda e o conceito de que seres humanos são movidos por incentivos nos mostra que se um mercado está saturado (baixas taxas de lucros) os indivíduos atuantes tendem a migrar para outros mercados mais prósperos. No fim o resultado é uma menor oferta e toda lógica econômica passa atuar novamente. A sua linha de raciocínio me parece falha porque ela tende a formação de monopólios e todos sabemos como eles agem na decisão dos preços e consequentemente nas taxas de lucro. Pense melhor quando diz que a capacidade de renovação do modo de produção pode ser finito mas a criação de novos produtos e necessidades não.
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