sábado, 17 de maio de 2014

DAVID LYNCH

Para David Lynch.


Se a tela plana de uma pintura
Carece de profundidade
E a cena em movimento de uma película
Exibe apenas simulacro de tempo
Então o pintor natural de Málaga decompôs suas figuras em perfis
Enquanto este cineasta rompeu oniricamente
A identidade de suas personagens
Pois o roteiro cíclico de seus filmes
Ruma para o nada
Ausência de início e inexistente o fim
Em permanências movediças e princípios violados
Rostos e corpos convolam-se em outros tantos
E assim caminha a Humanidade que sonha
Nesse surrealismo cubista

(por Luis Fernando Franco Martins Ferreira)

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