domingo, 18 de maio de 2014

JOSÉ SARAMAGO

Para José Saramago.


Extensas digressões sardônicas
Enveredam por sendas imprevistas
E entrecortam o enredo alegórico
Destituído do silente ponto final
Mas pleno de vírgulas rumorosas
Que mantêm vibrante a música narrativa
E a melodia poética desse fôlego criativo
Com uma novela que contorce a tradição historiográfica
Enquanto outra fustiga as Escrituras Sagradas
Para que outra ainda ressuscite personagens literárias
De sorte que o conjunto da obra
Descortina-se uma única digressão
Que colima aquilo que poderia ser e que não é
Com divisar no porvir a utopia de um novo mundo

(por Luis Fernando Franco Martins Ferreira)

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